sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Manifestação popular

Casa de Câmara e Cadeia aqui na Cachoeira, foi um local que na época da independência do Brasil houve luta sangrenta. Agora funciona a Câmara dos Vereadores, que nem aparecerem para ouvir os clamores do povo, mas que quando chegar a temporada de eleição vem que nem uns ratos em cima do queijo.....
D. Bibi, agente cultural dando a maior força.....
Cláudia, estudante de Historia, fazendo imagens.......
O professor Ayrson e a professora Gina acompanham o acontecimento..............

Nós e o pessoal do embalo, da festa D'Ajuda,,,,,,foi lindo nesse momento.
Tocando tambores e dançando.....

moradores observam das janelas.....
A turma de estudantes da UFRB, hoje foram solidários a luta do povo dos terreiros de Candomblé que estão lutando contra uma invasão covarde de magnata da cidade. O tal sujeito, um advogado, simplesmente invadiu com máquinas de terraplanagem um antigo terreiro de Candomblé, e nele quer construir um condomínio de luxo.Derrubou árvores sagradas e antigas,
e nem respeitou os verdadeiros donos da terra, que são pessoas , afrodescendentes que estão no local desde os tempos coloniais. teve discursos, teve cantos aos Orixás, e aproveitando o momento, fizeram uma denuncia contra a intolerância religiosa, que por estes lados anda bastante forte. Os evangélicos fazem verdadeira guerra ao povo do Candomblé , com agressões verbais e ás vezes ate física, como foi o caso do policial aqui, no sul da Bahia que além de colocar uma mulher de Santo num formigueiro, ainda bateu nela, por ela ter incorporado um Orixá num momento de discórdia entre policiais e o pessoal do Candomblé. Depois do protesto, fomos todos comer feijoada, acarajés, abarás , cerveja e refrigerante..... roda de samba, regge, e toda a alegria que o baiano é capaz de incorporar.....

6 comentários:

Pedrita disse...

essas teorias evangélicas são ótimas qd utilizadas para motivos comerciais. é bom um discurso evangélico para balizar a derrubada de um cadomblé com o interesse de construir prédios e ganhar dinheiro. muito providencial. e não só derrubar uma fé, destruir um grupo de pessoas, mas levar a natureza junto. e tudo isso em nome de deus, que bonito. e claro, nessas horas os políticos não gostam de se meter pra não perder eleitores. espero que consigam suas revindicações. talvez seria o caso de alguém que viveu anos na terra tentar uso capião para garantir a posse do lugar e proteger contra esses mercenários que dizem falar em nome de deus. beijos, pedrita

Luis Filipe Gomes disse...

É uma pena que se destruam locais com memória como esse que descreveste. A invasão imobiliária toma conta dos locais mais improváveis. Aqui em Portugal nem quero falar. O desenvolvimento do Brasil e o crescimento económico vai colocar em perigo muitos desses sítios e a aculturação vestida de modernidade e progresso poderá menosprezar os valores tradicionais autênticos. É preciso lembrar aos sôfregos arrivistas do betão, sempre ávidos de dinheiro retirado do esforço alheio que o ar que respiram vem da árvore que abatem, podem vender a sua madeira mas não podem comprar o ar que ela deixou de oferecer.
No entanto as pessoas aí estão no caminho certo, estão atentas e parecem interventivas. A informação, o esclarecimento, levará à aderência de mais gente, e aí talvez o sentido de voto seja
determinante refrear a ganância destruidora.

Zélia Guardiano disse...

Postagem magnífica!
Tudo que você fotografa, tudo que você comenta, ganha uma dimensão superior!
Que belíssima manifestação!
Estão todos de parabéns!
Enorme abraço, minha amiga.

RECÔNCAVO disse...

Desejo que o Axé sensibilize o Ori dos estudantes da Universidade Pública para as problemáticas da contemporaneidade, entre estas: a homofobia, intolerância religiosa, xenofobia, racismo e outras formas de discriminação.
Axé...

Pedrita disse...

eu fiquei com muita vontade de ler o livro japonês q o bernardo carvalho menciona em sua obra. eu não assisti o filme poder e traição. beijos, pedrita

Pedrita disse...

eu amei o filme do stefan zweig do sylvio back e pelo filme fiquei com vontade de ler obras do zweig e depois a biografia. gosto de biografias de reis e rainhas.