sábado, 26 de julho de 2014

antropologia em Recife, sempre....



Eu não sei de onde vem a ideia de que nós somos pessoas pacificas!
Ontem mais ou menos as dezoito horas fui ao terminal da linha Shopping Rio/Mar para ir a Livraria Cultura pegar um livro que encomendei ("O assassinato e outras historias" de Anton Tchekhov) e foi algo bastante agressivo que eu presenciei. Uma passageira da terceira idade entrou e ao mostrar a identidade ao motorista se aproximou demais do rosto do homem e ele por pouco não levanta para bater na mulher. Dois pontos depois, um homem velho, surrado, pobre pediu parada na parada e o tal motorista parou uns 5 metros antes da parada. O homem ao se aproximar para subir, o crápula do motorista simplesmente fechou a porta do ônibus na cara do pobre coitado! Eu o tempo todo calada só ouvindo as sandices que o sujeito falava com o cobrador. Felizmente que o cobrador não respondia nada.
                      No terminal do ônibus no Shopping, antes de descer eu disse para ele:
-" O sr. deveria ter mais paciência com as pessoas idosas e débeis mentais que andam de ônibus".
ai ele disse  para mim: -"vai pro diabo"!.
eu respondi, já tendo descido mas apontando o dedo para ele :-"além do mais o sr. é um velho também  e nojento!(porque ele tinha cabelos brancos e fisionomia cansada)...
Nem ouvi o que ele falou, mas ficou puto quando o chamei de velho! pela arrancada que deu no bus. HAHAHAHHAHAHAAH!

sábado, 19 de julho de 2014

antropologias sem imagens

Hoje resolvi ir ao cinema. Ver o filme O GRANDE HOTEL BUDAPESTE, baseado na obra do escritor austríaco Stefan Zweig; delicioso, um cenário maravilhosos. Atores idem. Sentei numa poltrona que fica ao lado do corredor de passagem, pois assim que acaba levanto e não preciso incomodar ninguém para sair da sala. Mas as vezes não dou sorte com quem senta ou ao meu lado ou logo atrás. Hoje uma senhora sentou, a sala já estava as escuras passando treileres. A madame pegou um celular e começou a usar o FACEBOOK! Aquela luzinha azulada acesa me incomodou pra caralho e por pouco não levanto e mudo de lugar... que  gente mais mal educada no sentido de incomodo. Ela só guardou a porcaria do celular, quando iniciou o filme principal!
 
Depois do filme, sai para pegar ônibus. Eita que escuridão naquelas ruas do bairro chamado GRAÇAS, onde está o cinema! E não tinha vivalma nas ruas.... Ui deu até um pouco de medo. Peguei o bus (uma motorista mulher) em direção ao centro onde ia pegar o metrô. Da sua janela (bus) fiquei de olho na paisagem antropológica. Quanta gente debaixo das marquises dos edifícios velhos se abrigando da noite, para dormir. É um outro mundo esta cidade à noite!

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Vendedor de Pirulito, outra vez...

As meninas compraram pirulitos. Mas elas usaram outro nome para o pirulito, como não anotei, agora não sei mais qual foi a nomenclatura para esse produto. Curioso foi que apenas uma se encarregou da tarefa de comprar, enquanto as outras duas , à distância ficavam rindo e fazendo piadinhas. Pretendo retornar a essa interessante rua recifense, por onde a burguesia já desfilou um dia, com as madames fazendo compras e a criadagem carregando-as para seus automóveis que eram estacionados a longa distância! Pretendo retornar para observar mais detalhadamente as cenas dos seus habituais frequentadores. Eu tenho uma forte impressão que a região central do Recife está completamente desabitado por uma certa classe de pessoas.

terça-feira, 15 de julho de 2014

O vendedor de PIRULITOS





Já faz tanto tempo que eu não vejo esse tipo de pessoa nas ruas que quase não acreditei nos meus olhos quando o vi em plena Rua da Imperatriz, no bairro da Boa Vista em Recife. Com uma apito na boca ele ia calmamente andando e apitando pelo meio das pessoas apressadas numa rua comercial do Centro da Cidade de Recife.... Foi um momento mágico. Fiquei atrás dele, alguns passos e não resisti: acabei usando o celular, que eu mesma condeno seu uso na rua. Foi mesmo uma experiência maravilhosa e se não fosse por minha restrição ao açúcar teria comprado um pirulito, aliás até me arrependi depois que eu fui embora. Eu ia resolver uma minha "parada" naquele lugar!
Essa cena faz a memória ir para a infância, quando os vendedores de pirulitos, de pipocas, de algodão doce, de roletes de cana, de picolés, de puxa-puxa e de cavaco chinês passavam nos nossos bairros aqui em muitas cidades nordestinas, à tarde vendendo seus produtos caseiros, e nós crianças implorávamos as nossas mães que os comprassem. Bons e velhos tempos...

quarta-feira, 9 de julho de 2014

Compartilhando ideias que eu acredito


Copa do Mundo x Guerra contra o Terrorismo
Brasil e Israel vivem duas guerras. O primeiro disputa uma guerra de quatro em quatro anos sempre se sentindo na obrigação de ser o vitorioso. Israel vive em estado permanente de guerra desde a sua independência em 1948.
Para o Brasil, cada Copa do Mundo é a época onde o povo mostra o seu verdadeiro patriotismo já que por aqui o futebol é o "Ópio do Povo" e o país se transforma na chamada "pátria de chuteiras".
Israel está em guerra há 66 anos pois os seus vizinhos jamais admitiram que ao seu lado, judeus pudessem habitar e conviver em paz com eles.
Se hipoteticamente alguém que não tivesse a consciência do que é uma Copa do Mundo chegasse ao Brasil nesta época, talvez pensasse estar chegando ao país em alguma data histórica ou quem sabe próximo à data de sua independência tal a quantidade de bandeiras e enfeites verde e amarelos.
Israel vive o ano todo com a sua bandeira desfraldada e o povo festeja intensamente o Yom Haatzmaut, a data de sua independência, sentindo um imenso orgulho do seu país.
Já o Brasil, nem se lembra do que vem a ser o dia 7 de setembro ou melhor, todos sabem que é um feriado nacional onde todos estarão de folga e isso é o que importa.
Israel trava uma batalha constante pelo direito de existir, negado por seus vizinhos terroristas que querem a sua eliminação do mapa e passam praticamente o tempo todo ameaçando os judeus até o momento em que se vêem obrigados a impôr condições para um cessar fogo já que não têm condições de aguentar aquilo que eles mesmos provocaram e incitaram.
A derrota em uma Copa do Mundo, principalmente dentro de sua própria casa e da forma como foi vista hoje, representa para o Brasil a verdadeira derrota em uma guerra. O povo todo se entristece, chora, lamenta e critica os jogadores e a comissão técnica. O tempo passa e tudo volta ao status quo.
Israel em meio a uma guerra constante, tendo que desembolsar milhões na garantia de sua defesa, consegue ser um país dotado de uma tecnologia avançadíssima, um nível de ensino de primeiríssima qualidade, e um nível de medicina considerado um dos mais avançados do mundo.
A cada cinco ou dez anos, quem visita o país já não o reconhece tamanha a mudança que ocorre neste espaço de tempo.
Já o Brasil, um país com uma natureza deslumbrante, com um potencial natural tão abundante, consegue permanecer estagnado no tempo ou quem sabe piora a cada cinco ou dez anos, Por quê?
Porque infelizmente o patriotismo só existe de quatro em quatro anos durante a Copa do Mundo. Rouba-se muito, a corrupção é imensa, tudo é super-faturado e o povo em geral ( não os que participaram dos protestos recentemente ) é alienado, é analfabeto e aceita as migalhas que o governo corrupto lhes oferece em troca dos votos. Morre-se à porta dos hospitais, doentes ficam sem atendimento médico, e o que o governo deveria dar, delega à iniciativa privada para faturar mais impostos e se eximir das suas responsabilidades. Tudo isto é muito triste.
O dia em que Israel puder viver a verdadeira paz e o Brasil entender que uma nação não é feita apenas de futebol e que o amor pela mesma tem que ser diário e não apenas de quatro em quatro anos, quem sabe possamos nos sentir felizes e plenos como brasileiros, israelenses e judeus.
Quem sabe um dia ainda possamos assistir a uma final de Copa do Mundo no Maracanã sendo disputada entre Brasil e Israel onde os dois países com certeza, sairiam vitoriosos.
Acorda Brasil! Am Israel Chai!

terça-feira, 8 de julho de 2014

Da série ANTROPOLOGIAS DE RECIFE, MASCATES







Recife historicamente é um lugar aonde os mascates  fizeram sua grande contribuição na economia da região, e pelo jeito continua fazendo, apenas informalmente agora.
 
Em todos os lugares em Recife tem alguém de forma ambulante vendendo algo. Mesmo nos locais onde existem placas com as letras da palavra "proibido". Nos ônibus vendem pipocas, balas, chocolates, canetinhas, agendas, paçocas, agua e as vezes refrigerantes.... e nos metrôs a mesma coisa, sendo que tem um aviso bem grande de "COMERCIO AMBULANTE É PROIBIDO". Já vi brigas feias de meninas com rapazolas por causa dessas vendas dentro e na plataforma do metrô. Atualmente eu creio que isso está correndo solto por causa da próxima eleição.