quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Antropologia em Recife

Ontem eu estava indo para a minha aula de Ikebana e para isso de onde eu moro, preciso pegar dois ônibus. No primeiro bus, nada de especial eu ouvi e nem vi. Apenas um motorista estressado, grosseiro, o que é muito comum. No segundo ônibus a conversa foi deveras interessante. Entre  motoristas. Eles começaram a falar do Amor.O que estava dirigindo o bus começou a falar bem assim: "conversa. ninguém é dono de ninguém. o máximo que podemos falar é que somos companheiros enquanto dura a relação e quando termina cada um deve seguir seu caminho, sem olhar para trás". Cada um que falava uma coisa. E todos pareciam estar sofrendo mal de amor. Foi bem legal ouvi-los!

Hoje a experiência já não foi tão boa. Eu estava indo para a Praia da Boa Viagem. Em um micro ônibus. Em algum lugar subiram duas obesas, enormes, mãe e filha. A mãe me espremeu no canto do bus e ficou com a outra metade fora do banco. Subiu um cara e quando foi passar pela catraca esbarrou com a mochila dele na orelha da mulher. Ai ela se enfesou e gritou :"- não enxerga"? ai ele respondeu "- perdão!" e ela : -" que perdão que nada! não me viu?" e ele -" de novo peço perdão!" ela continuou resmungando. Ai ele disse: -"a senhora me perdoa?" Ela nada. Foi ai que que ele levantou a camisa e apareceu na cintura dele um tremendo de um 38! Ela ainda disse:-" pensa que tenho medo disso?" E eu comecei a tentar convencer ela de parar de falar, pois quanto mais ela resmungava mais o cara se aproximava e ficava falando coisas do tipo: -" a senhora deveria ter entrado pela porta de trás. A senhora é quem está incomodando o passageiro que entra." Gente foi difícil convencer a fulana a calar o bico! mas enfim ela se aquietou. E ele ficava o tempo todo nos mirando. Ufa! meu alívio quado ele desceu trés paradas antes de nós! Quando íamos descer a filha enfim falou"- mãe eu contei até 10 para não falar nada!" Ainda bem.... Quando descíamos a mãe falou assim para a filha, apontando para mim : - essa senhora estava morrendo de medo hahahahhaha! filha da puta, pensei!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Antropologias de Recife


Eu acabo de descobrir uma maneira jeitosa de colar fotos no post sem usar as imagens dos desconhecidos, ilustres companheiros de viagens  em bus pela cidade do Recife. Imagens dos lugares onde eu estive antes ou depois(?) de entrar num bus. Desta vez eu vou salpicar acontecimentos de três percursos diferentes, mas  as fotos serão do lugar que eu visitei hoje na parte da manhã. O primeiro foi percurso que falarei eu fiz domingo passado. Peguei um bus do Recife antigo até a praia da Boa Viagem. E fiquei fascinada observando dois surdos a conversar! Foi muito legal. O segundo percurso, eu tinha acabado de sair do Museu Cidade do Recife, que fica na praça das Cinco Pontas e ia para o Museu Militar, no bairro antigo de Recife.quatro motoristas trocavam filosofias a cerca dos passageiros. O moto que conduzia o bus tinha acabado de ter um bate boca com um cara,"passageiro da agonia"e estava com muita raiva,(o motorista). Os amigos então começaram a falar do quanto as pessoas são ruins, mal educadas, grosseiras e tudo mais,  que não cumprimentam o motorista, fazem perguntas idiotas, e querem sempre estarem com a razão. Pois  os colegas motoristas estavam solidários com o condutor, recém atingido por palavras grosseiras. Pronto! Foi só falar de maldade e bondade que começaram a pipocar altas filosofias dos passageiros! Quando um que estava calado finalmente verbalizou: ".O ser humano já nasce ruim quando é ruim não tem jeito que dê jeito. E quando é bom, coisa rara, é bom sem precisar de acrescentar nada! Ai estava na hora de eu descer e o papo filosófico continuou rolando no omnibus, provavelmente, ou não!