sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

DELICADEZA



Um adjetivo a ser curtido. Passear no meio do quintal e jardim e captar a delicadeza do que brota da terra fundido os elementos do fogo-calor do sol, a água e a brisa dos ventos através dessas criaturas coloridas, aparentemente aladas, já que flutuam pelos seus galhos através dos ares e além de tudo exprimem uma beleza do colorido que palheta nenhuma desse mundo consegue abrilhantar em telas de linho é simplesmente difícil de expressar por palavras embora estar aqui no blog é uma tentativa de.
Apenas as borboletas estão ausentes. Creio que seja a presença dos gatos que as espantam.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

No quintal

flor de algodão

flor de algodão

Narcisos

botão de flor de abobora

flor de melão


Hoje no jardim do quintal mais flores abriram suas belezas para o Sol. Além de flores colhi um melãozinho!

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

TODO DIA




Todo dia a gente pensa que é tudo igual. Mas não existe nada melhor do que acordar e ir até o quintal e o jardim e ver novas flores em um canto, gatinha trelando por cima de vasos de novas sementes plantadas e    espelhos para auto retratos.E mesmo aparentemente as coisas serem iguais. Cotidiano ser um dia depois do outro, existem sempre novas coisas, novas imagens e a luz nunca é igual. O sol consegue ser sempre diferente em cada angulo em que ele bate.

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

eu e os meus gatos....

foto de uma pobre lagartixinha que a Hannah matou...



 Claro que eu adoro ter meus gatos. Gosto de dar comida, água fresca e filtrada. Gosto de vê-los correndo e brincando, mas gosto mais ainda quando estão dormindo em poses que somente eles sabem fazer! Cada um dos três se situa de forma diferente, embora todos felinos. A gata Dinah, nome inspirado na gata de Alice, dos país das maravilhas, está completando dez anos e vive mais para o dormir. Come pouco, não é de muitas brincadeiras, está sempre na dela e sentiu muito quando o meu pai deixou o corpo; ela ficou miando na casa a sua procura e depois passou um período se escondendo nas bugigangas da garagem. Superou a ausência dele através do apego do meu sobrinho Leon, que veio morar na casa após o falecimento do meu pai. 
 O gato Claude Levi-Strauss, que nasceu em Cachoeira, portanto baiano, tem o nome inspirado no grande antropólogo francês de quem eu sou tiete. O Levi-Strauss não gosta muito do convívio com pessoas desconhecidas e sofreu barbaridades para se adaptar a Recife e as pessoas da casa. Não gosta muito de brincar com gente. É super apegado a mim, as vezes ate parece um cachorrinho de tão colado que fica na minha pessoa. Adora se estirar para dormir nos meus pés quando eu estou bordando! 
 Ai veio a gatinha Hannah Arendeth, minha jabuticaba branca. O Leon é maluco por ela. E ela adora ele. Brincam muito. Pula, corre, se esconde. Mas ela é uma caçadora voraz. Não pode ver nenhuma lagartixa viva e correndo! Ela e o Claude Levi-Strauss matam todas. E disso eu não gosto. Porque eu amo as lagartixas!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A VISITA...


 Eu estava bordando agora à noite na sala grande quando senti vontade  beber um chá. Fui até a cozinha para providenciar saciar o meu desejo. Qual não foi a minha surpresa ao acender a luz da cozinha! Um visitante que não foi convidado.Mil pensamentos, desde o conto infantil "Rei Sapo", até a história de gente que joga sal nas costas dos bichinhos, passando por muitas coleções de sapinhos que eu já vi e até ajudei a aumenta-las; de várias garotas, inclusive Sofia, a minha neta.
Mas o que eu mais pensei foi na natureza. Como é que um sapo cururu aparece assim na minha cozinha? Moro numa cidade grande, meu bairro não tem floresta e nem lagos. A maioria das ruas deste bairro é de asfalto, cimento. Existem cachorros vadios, muitos carros e muitas motos. De onde pode ter vindo esse sapo cururu? Não tem chovido com alagamentos . Ele me encarou quando mirei a teleobjetiva em sua frente. Parou e logo depois do flash (estava escuro). Pois é eu o vi na cozinha e corri para o quarto para pegar a máquina e nesse meio tempo ele saiu para o quintal. Eu já o tinha visto no quintal por dentro do pé de abobora, mas não tinha conseguido fotografa-lo pois ele está sempre longe do alcance da minha lente, do meu olho eletrônico...Esse sapinho é ousado. Os gatos nem ligam para ele. Meu Claude Levi-Strauss ficou curtindo com a minha cara enquanto eu andava atrás do sapinho!SERÁ UM ET?

domingo, 8 de dezembro de 2013

ALMAS SEBOSAS!




No jardim da minha casa em Recife existe um pé de mandacaru que ao contrário da música de Luiz Gonzaga, floresce várias vezes no ano. Na música do Gonzaga, a flor de mandacaru quando aparece, é sinal que a chuva chega no sertão. Aqui em Recife não existe secas prolongadas, chove bastante pois estamos no litoral de um país tropical. E eu adoro quando o pé de mandacaru solta por todos os seu corpo de planta cactal suas diversas flores brancas que desabrocham somente a noite!  Fico na espreita para fotografa-las. Acontece que esses dias ele estava começando a soltar os botões de flores, quando uma alma sebosa e  anonima resolveu arranca-las todas. Não deixou uma sequer para eu me deleitar com a sua beleza!
Fiquei em estado de ira por um bom tempo!

sábado, 7 de dezembro de 2013

Viagem

Pela primeira vez em tantos anos viajei sem carregar equipamento fotográfico. E foi difícil. Principalmente quando me deparo com a seguinte imagem:  um gatinho todo branquinho embaixo de um carro estacionado próximo a avenida Sete em Salvador, comendo uma casca de manga amarela! Que cena!
A viagem foi para colar grau. No bacharelado em Museologia. Pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. Cerimônia chata, careta, brega e com muito calor do tempo solar. Parecia que eu estava numa fornalha igual uma massa de pão indo pro forno assar. Fazia tempos que eu me sentia dentro de uma coisa cafona! Ainda bem que eu não levei máquina fotográfica!
Mas senti falta da máquina durante a viagem de ônibus! Pois muitas cenas surrealistas e hiper interessantes passaram pelos olhos em todas as paradas que o bus fez entre Salvador e Recife. Mas um grupo de treze mulheres baianas, bizarras sem dúvida, teria sido perfeito se pudesse te-las fotografado. Desde que saímos da cidade de Salvador ( as 19:10 hs) até chegar em Recife (9:30 hs), elas não paravam de falar e comer! 15 horas falando e comendo! Foi bizarro!

domingo, 1 de dezembro de 2013

CURIOSIDADES

a minha gatinha Hannah Arendth agora só quer dormir em cima do meu notebook!

a safadinha corre para debaixo do carro. e eu morro de medo que os motoristas não lhe vejam.

Existem coisas na vida do ser humano que nenhuma antropologia, psicologia, sociologia, ou medicina explique. Por isso fica difícil ate iniciar uma lista relacionando essas coisas. Porém me atrevo a dar alguns indícios. Por exemplo : para mim não existe cena mais feia do que ver gente em grande quantidade comendo juntas. E a primeira vez que isso me ocorreu aconteceu em um gigantesco prédio na Av. Paulista na cidade de São Paulo um edifício quase em frente ao Conjunto Nacional. Um prédio onde todos os andares são de fast food, restaurantes a la carte restaurantes a quilo e lanchonete. As pessoas compram as comidas e saem procurando lugares para degustar.A zuada era uma melodia que me parecia vir das trevas. Me senti numa imensa campina com todo mundo cagando junto! Ai que nojo me deu; desde esse dia evito comer ao ar livre. Mas esse nojo não existe quando eu observo animais comendo. Eu adoro ver meus gatos fazendo o barulhinho crocante da ração em suas boquinhas!

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

DIVAGANDO, sem andar muito depressa...

Realmente observar os humanos é uma distração in tanto! De qualquer angulo sobre qualquer superfície, em todo suporte que existe olhar o outro como se estivéssemos olhando através de um espelho é tão delicioso quanto ver um filme, um filme de um bom diretor ou de um bosta qualquer.As cenas de rua são espetaculares. Prefiro isso a ir a um circo. As cenas domésticas são mais surrealistas do que qualquer obra de Salvador Dali ou de BOSH. Tudo que existe existe pelo human@ para o human@ e nada anda sem essa realidade. Me sinto tão livre! Tão absolutamente UNIVERSO, impregnada de todos os elementos do universo! E uma grande e maravilhosa coisa no human@ completa tudo isso : O RISO.
Nada substitui a risada, a gargalhada. Como ler, rir ainda continua na lista dos melhores remédios. E rir do Human@ é o ápice, é a glória!

sábado, 23 de novembro de 2013

PRE COM SEITAS ou PRECONCEITOS?



Eu resolvi aprender novas técnicas de pintar, de pintura em tecidos. Eu escolhi o lugar e fui. Na primeira aula eu me senti incomodada com a imposição da professora que queria que eu mudasse a forma como pego no pincel. Ela não gosta da maneira como eu pego no pincel. Enfim, coisinhas. Na segunda aula, já foi demais. Ela escolheu o pano para eu pintar. Ela escolheu o motivo para eu pintar. Ela escolheu as cores para pintar a figura. Ela acabou pintando em vez de eu! Ai é que vem a coisa do preconceito. Ela escolheu a figura de uma meminha tradicional européia, contemplando uma borboleta. Nada de mais se ela não a pintasse rosada, com roupa de sinhazinha e com um toque de contos de fadas. A professora é mestiça de negro com não sei quem, e não aceitou que eu quisesse pintar a menina na cor sépia.Nos menores detalhes é que percebemos como essa sociedade de classe menos afortunada mastiga e engole tudo que é imposto pelo outro, que é invisível ao seus olhos, esse outro que determina se a beleza está em ser "branco" ou não. NOJENTO!.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

INSTINTO?

O nome dela é Hannah Arendt, e eu a encontrei na noite chuvosa dessa segunda - feira passada andando e tentando lamber
os pés das pessoas na fila da casa Lotérica.
Instintivamente eu me abaixei e apanhei-a. Ao colocar no braço senti sois caroços embaixo, na barriga, na altura das patas dianteiras. Achei estranho. Levei-apara casa. Causou polêmica porque um dos moradores da casa queria que eu a jogasse na rua outra vez. Resistimos, eu e a gatinha.
Na terça-feira liguei para a clinica veterinária e  combinamos de na quarta feira eu leva-la para consulta. Assim foi. Quando a médica pegou nela ja sentiu os caroços e já foi dizendo que ela estava com as mamas entupidas( ela usou outro termo, que não gravei) e que ia precisar de cirurgia. Concordei. Ficou na clínica, a medica fez a castração, retirou um caroço de um dos ovários e disse que o útero estava cheio de pus.
Agora ela ja esta em casa. Tomando antibiótico e analgésico. Ração Royal canin. A médica comentou que se ela continuasse na rua, todos os peitinhos iam infeccionar e ela teria uma morte dolorosa.
Foi salva pelo INSTINTO DE SOBREVIVÊNCIA!

sábado, 16 de novembro de 2013

História ouvida em bus...

Não é uma historia simples. Não é historia de fadas. Mas é historia humana. Ou...?
Duas mulheres de mais de cinquenta anos conversavam no banco a frente do qual eu estava sentada.
E uma delas falava mais do que a outra. E dizia....
" Vivi um história de relacionamento muito muito parecida a um enredo de novela barata. Começa mais ou menos assim : Davi que amava Maria que amava Miguel, que comia todos e todas."
A partir de agora eu descrevo a conversa que ouvi.  Ela é a Maria, que vivia com um Davi que a apresenta ao Miguel, que termina destruindo o relacionamento dos dois (Davi e Maria). O Miguel era casado com uma italiana ( não sabemos seu nome) e tinha dois filhos de 4 e 2 anos. Um dia o Miguel conhece um amante das artes, Bernardo, casado e pai de 3 crianças. A mulher desse Bernardo, Noemi, é ninfomaníaca e não é difícil de imaginar que logo os três começam um affair que acaba com o casamento do Miguel, cuja mulher volta para a Europa com seus dois filhos. Até agora só a Maria chora pelos cantos por ter sido parcialmente desprezada pelo Miguel por conta da nova aventura deste. O Davi não quer mais saber da Maria, nem pintada de ouro! Mas continua amigo do Miguel. Um dia o Miguel resolve ir embora para Europa, louco de saudades dos filhos. A Noemi pira, abandona o marido e os três filhos e se manda para Nova Iorque, onde vive um bom tempo. Sobrou a nostalgia dos abandonados, Bernardo e Maria, que começam uma relação esquisita à sombra dos amores de Naomi e Miguel. Para finalizar, pois existem muitas nuances entre esses dois (Bernardo e Maria), os dois acabam transando e a Maria engravida na primeira transa. Um dia, a Maria está no quarto do casal, sentada na ponta da cama com os dois filhos menores do Bernardo e ele na outra extremidade com a filha mais velha, todos vendo TV. De repente a Maria se volta e da com uma cena que a deixa perturbada e impotente: o Bernardo esta bolinando os pequenos seios da filha de 9 anos, que estava começando a despontar, e que ele já havia comentado de como eram precoces os crescimentos das meninas do lado materno da mãe da garota. Um cometário que a Maria sequer pensou que fosse de um pervertido, mas era! Enfim, a Maria, que ainda não tinha dito ao Bernardo que estava grávida foi embora para a sua casa; e quinze dias depois mudou de cidade, de estado indo morar com a sua mãe, em Recife.
Uma história cheia de nuances mas que eu sintetizei ao máximo, mesmo porque eu não gravo para depois descrever.
O que elas estavam falando era de algo como: deveria ou não ter denunciado esse pai por abusar da filha de 9 anos?
Se fizesse isso, como ficariam os outros dois de 7 e 5 anos? Com a mãe fora do pais?
Segundo a mulher que narra a história isso se passou a mais de 30 anos e ela se vê fazendo as mesmas perguntas para Si!

O que vocês fariam? o que eu faria?

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

UMA VIAGEM!

Viajar nem sempre é apenas sair da cidade em que se mora/vive e ir para outra, cidade. Viajar é também sair do seu lugar comum e contemplar o que se passa ao seu redor. Hoje começou a minha jornada na decisão de fazer um mestrado. Hoje começaram as aulas de duas disciplinas que escolhi para definir o meu projeto de pós graduação em Arqueologia. E isso requer idas e vindas da minha casa para a Universidade Federal de Pernambuco - uma verdadeira viagem! 
A minha surpresa foi que pela segunda vez o bus era conduzido por uma mulher; uma mulher motorista de ônibus! Todos os homens que entravam olhavam e sorriam. Ah! como eu queria poder ter fotografado não só com o meu olho esses momentos! A expressão dos machos vendo uma mulher dirigindo um ônibus é hilaria, pelo menos do meu ponto de vista. Fiz essa foto na contra luz propositalmente. Percebe-se que é uma mulher? Se a resposta for sim, então atingi uma parte do meu objetivo.
Subi e sentei ao lado de uma deficiente visual. Ela se voltou para mim assim que sentei. Mas ficou quieta, sem dizer nada. Uns sete minutos depois ela me pediu para avisa-la quando chegasse a determinada parada, onde iria descer. Eu falei que não sabia dessa parada mas iria pedir a motorista para parar. Tive que falar que não sou da cidade e que não conheço-a bem ainda. 
Ai ela perguntou:-"de onde você veio?" respondi -"vim da Bahia".
Ela disse:  - "que coincidência . Eu sou baiana do sertão, de uma cidade à beira do Rio São Francisco. Está passeando por aqui?"
Eu respondi: -"Não. Eu estou fazendo um curso na UFPE."!
Ela disse :  - " E está no fim." ( afirmando)
Eu respondi: - "Não estou no inicio". 
Ela: "Ah!" com uma voz de surpresa. 
Muito surrealista.
No final ela perguntou: -"quem está conduzindo esse ônibus é a morena?"
"Sim", falei.
E ela: -"bom... ela já me conhece!" ai chegou no lugar de descer;  desceu, sozinha e seguiu para casa.

sábado, 19 de outubro de 2013

O que é correto?

"Av. Dantas Barreto, onde os camelôs são os donos"

"Da minha janela do bus, uma foto da Livraria Cultura."

"Vendedora de pasteis na cidade universitária".



A viagem de ônibus continua. O chato é não poder fotografar. Embora eu reconheça que as pessoas têm o direito de não se exporem. Portanto me sinto uma raptadora de imagens. Ou melhor, uma ladra de imagens.
São tantas belezas expostas ao meul olhar e tão poucas possibilidades de mostrar! A última viagem, que foi ontem para ir e voltar da aula de Ikebana Sanguetzu, fiquei a observar o volume de mulheres nas ruas e dentro dos ônibus, a começar de eu mesma..Em uma parada subiram oito mulheres e um homem! Eu contei e fiquei quieta. Três paradas depois o motorista comentou com um amigo que estava viajando encostado na porta de entrada ( curioso como muitos homens fazem isso: se encostam na porta e vão trocando lero-lero com os motoristas!) isso: -"oxente, hoje só da mulé na rua!".

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

dentro e fora de bus


Dentro do ônibus eu escuto. As conversas são as mais surrealistas possíveis. Mas uma chamou mais a atenção do que outra. Estava no ônibus Cabo-Sta Rita. O Cabo é uma cidade satélite de Recife; pessoas moram lá e trabalham aqui em Recife. Um passageiro começa a falar sobre assalto ( aliás é conversa corrente dentro de bus). Ele contou para o motorista a seguinte historia: -"Meu irmão ia com o caminhão carregado com um carga sem tamanho. De repente ele vê dois sujeitos deitados , atravessados na pista. Ele acelera e passa por cima dos dois." O vizinho que estava ouvindo a conversa disse: "Isso mesmo, era isso que ele tinha de fazer".

Do lado de fora, pela janela eu olho. As cenas são banais. Em todas as ruas e avenidas de Recife por onde circulam os ônibus existe gente vendendo comida, brinquedos, produtos made in China, jogo do bicho.Não escapa uma rua sequer.

Em frente aos bancos não da para caminhar sem stress.

Dentro do ônibus. A cobradora dorme, a mulher resmunga algo para o motorista. As mulheres sempre detonam com as outras mulheres.É lastimável perceber como as mulheres das classes desfavorecidas se vêem.

Todo mundo fala no celular. Dentro ou fora de ônibus. Atravessando rua, comprando em quiosques, nos correios e etc...Quando eles, os celulares, não existiam o que as pessoas faziam? Telepatia?

A cena bizarra de hoje foi ver estudantes pendurados neste ônibus a minha frente. O motorista do bus em que eu estava queria por queria passar roçando nesse ônibus que as criaturas estavam dependuradas! Felizmente o trânsito ruim não deixou. Ele teve que ficar atrás e quando ultrapassou o outro motorista puxou o bus mais a esquerda!

Recife é uma cidade agradável de ser vista assim, de bus. Muitas pontes, rios, embora muito sujos eu gosto de ver. As águas correndo para o mar. Muitas motocicletas e bicicletas . Cada barbaridade que fazem! De arrepiar!

domingo, 6 de outubro de 2013

ANTROPOLOGIAS EM RECIFE IN BUS....



Faz um tempão que eu não vinha até aqui, nesse espaço tão aconchegante aonde eu gosto de estar comalgumas notícias, alguns fatos. Por causa da minha monografia do TCC na Museologia. A ausência foi grande. Depois daquele Congresso de Arqueologia, em Aracaju, SE, eu fui para Cachoeira-Bahia entregar e apresentar meu trabalho de conclusão de curso! Que desastre! Foi o pior momento ocorrido durante os oito semestres do curso....Mas eu não vim aqui para lamuriar e nem falar de coisas pouco agradáveis. Eu vim para continuar escrevendo as antropologias  recifense in Bus. Com as minhas idas a Universidade Federal de Pernambuco onde pretendo me aventurar no Mestrado, falar das viagens nos ônibus vai render muita coisa. A última que eu fiz, que foi na sexta- feira passada eu quase não acreditei nos meus ouvidos. Três pessoas velhas, dois homens e uma mulher, estavam fazendo apologias ao regime de ditadura militar! Eles estavam desejando o retorno do esquema de ditadura para governar o país! Ditadura militar. Três pessoas velhas, classe média baixa, usuários que não pagam passagens, viajando sentados, desconhecidos entre si e com saudosismo do tempo negro do Brasil. Até tentei  interferir na conversa dizendo que não era por aí etc e tal. Mas eles fizeram ouvidos de mercador aos meus argumentos.Tudo porque a revolta contra o sistema do metrô (que está péssimo) e que quebraram dois vagões acabou descambando para uma greve dos trens e a população está sofrendo por falta deles. Ao integrar metro com ônibus aqui em Recife, a população está totalmente dependente do sistema, sem opções. Mas até querer de volta uma ditadura militar é O!

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Antropologia em Recife

Ontem eu estava indo para a minha aula de Ikebana e para isso de onde eu moro, preciso pegar dois ônibus. No primeiro bus, nada de especial eu ouvi e nem vi. Apenas um motorista estressado, grosseiro, o que é muito comum. No segundo ônibus a conversa foi deveras interessante. Entre  motoristas. Eles começaram a falar do Amor.O que estava dirigindo o bus começou a falar bem assim: "conversa. ninguém é dono de ninguém. o máximo que podemos falar é que somos companheiros enquanto dura a relação e quando termina cada um deve seguir seu caminho, sem olhar para trás". Cada um que falava uma coisa. E todos pareciam estar sofrendo mal de amor. Foi bem legal ouvi-los!

Hoje a experiência já não foi tão boa. Eu estava indo para a Praia da Boa Viagem. Em um micro ônibus. Em algum lugar subiram duas obesas, enormes, mãe e filha. A mãe me espremeu no canto do bus e ficou com a outra metade fora do banco. Subiu um cara e quando foi passar pela catraca esbarrou com a mochila dele na orelha da mulher. Ai ela se enfesou e gritou :"- não enxerga"? ai ele respondeu "- perdão!" e ela : -" que perdão que nada! não me viu?" e ele -" de novo peço perdão!" ela continuou resmungando. Ai ele disse: -"a senhora me perdoa?" Ela nada. Foi ai que que ele levantou a camisa e apareceu na cintura dele um tremendo de um 38! Ela ainda disse:-" pensa que tenho medo disso?" E eu comecei a tentar convencer ela de parar de falar, pois quanto mais ela resmungava mais o cara se aproximava e ficava falando coisas do tipo: -" a senhora deveria ter entrado pela porta de trás. A senhora é quem está incomodando o passageiro que entra." Gente foi difícil convencer a fulana a calar o bico! mas enfim ela se aquietou. E ele ficava o tempo todo nos mirando. Ufa! meu alívio quado ele desceu trés paradas antes de nós! Quando íamos descer a filha enfim falou"- mãe eu contei até 10 para não falar nada!" Ainda bem.... Quando descíamos a mãe falou assim para a filha, apontando para mim : - essa senhora estava morrendo de medo hahahahhaha! filha da puta, pensei!

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Antropologias de Recife


Eu acabo de descobrir uma maneira jeitosa de colar fotos no post sem usar as imagens dos desconhecidos, ilustres companheiros de viagens  em bus pela cidade do Recife. Imagens dos lugares onde eu estive antes ou depois(?) de entrar num bus. Desta vez eu vou salpicar acontecimentos de três percursos diferentes, mas  as fotos serão do lugar que eu visitei hoje na parte da manhã. O primeiro foi percurso que falarei eu fiz domingo passado. Peguei um bus do Recife antigo até a praia da Boa Viagem. E fiquei fascinada observando dois surdos a conversar! Foi muito legal. O segundo percurso, eu tinha acabado de sair do Museu Cidade do Recife, que fica na praça das Cinco Pontas e ia para o Museu Militar, no bairro antigo de Recife.quatro motoristas trocavam filosofias a cerca dos passageiros. O moto que conduzia o bus tinha acabado de ter um bate boca com um cara,"passageiro da agonia"e estava com muita raiva,(o motorista). Os amigos então começaram a falar do quanto as pessoas são ruins, mal educadas, grosseiras e tudo mais,  que não cumprimentam o motorista, fazem perguntas idiotas, e querem sempre estarem com a razão. Pois  os colegas motoristas estavam solidários com o condutor, recém atingido por palavras grosseiras. Pronto! Foi só falar de maldade e bondade que começaram a pipocar altas filosofias dos passageiros! Quando um que estava calado finalmente verbalizou: ".O ser humano já nasce ruim quando é ruim não tem jeito que dê jeito. E quando é bom, coisa rara, é bom sem precisar de acrescentar nada! Ai estava na hora de eu descer e o papo filosófico continuou rolando no omnibus, provavelmente, ou não!

domingo, 28 de julho de 2013

antropologias em Recife

Não posso colar fotos dos anônimos que eu escuto nas viagens dos percursos dos ônibus na cidade de Recife, mesmo que no fundo todos nós sermos anonimos uns para os outros. Então aproveito e colo a minha própria foto. Eu não sou anonima ao meu blog.
Outro dia eu estava indo para a segunda aula de Ikebana Sanguetsu. Eu entrei no ônibus. Duas cadeiras. Uma ocupada por uma senhora de meia idade e a outra por uma menina, que estava de cabeça abaixada. Perguntei para a senhora se eu poderia me sentar; ela gentilmente pediu para a jovem que sentasse no colo dela para me dar o lugar. No inicio a menina resistiu dizendo com a cabeça, que NÃO.Foi ai que eu percebi que a menina tem Síndrome de DWOM. Então mui sem graça falei que tudo bem, eu ficaria em pé. A mãe não aceitou. A menina acaba indo para o colo da mãe e durante toda as nossas viagens ( cada uma indo para um lugar diferente) ficamos amigas e altos  trocamos. A garota no final da viagem delas não queria descer... e eu foi quem a convenceu de seguir a sua mama... muito interessante esse tipo de experiencia humana. MASTER CARD, não paga....

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Antropologias recifenses

Ela já estava no ônibus quando eu entrei. Afastou-se silenciosa para eu sentar na cadeira da janela. Já corríamos um bom trecho quando entabulamos conversa. Ela me disse que era gaúcha. Senhora, cabelos brancos, negra, vestida impecavelmente e na lapela da blusa um botton com o nome Sister Pádua. Eu disse que era baiana. Depois que o bus saiu do perímetro do centro ela perguntou: "Estou muito longe do centro?" Respondi, -"o centro foi aonde eu subi no ônibus, minutos atrás." Ai todos nesta hora queriam ajudá-la a descer num melhor ponto para retornar. Cada um dizia uma coisa, menos o motorista. Ela desceu. Eu continuei, indo em direção da minha aula de Ikebana Sanguetzu, vivificação da flor. Arranjo com flor natural. Duas horas depois, estou eu dentro de outro ônibus, retornando ao meu ponto de origem, cujo itinerário nada tem a ver com o anterior, quando de repente da janela eu vejo ela, a Sister Pádua, proseando com outra senhorinha, em pé, num ponto de ônibus, quiçá esperando algum bus para perambular pela cidade. As pessoas idosas fazendo turismo gratuito? Ou fugindo de suas casas, cujos jovens netos/netas, ou filhas/filhos não aguentam as suas presenças/////////////////////////////////////////////?

sábado, 22 de junho de 2013

Antropologia em Recife

Eu estava em um ônibus indo do bairro da Piedade para o bairro do Rosarinho. Sentada. Tranquila. Eu estava indo para a minha primeira aula de Ikebana, de estilo Sanguetzu, estilo do Mokite Okada .Numa parada do bus da praia da Boa Viagem sobe um senhorzinho. Engraçadinho de aparência, elegante, bem humorado. Em determinado momento da viagem ele se vira para mim e diz: "- a senhora ficou ai, no Sol? eu respondo : -" para facilitar que o Sr. se sente, sem apertos." Ele acha graça e por um tempo fica calado. Não se aguentando mais do silencio reinante ele desanda a falar. Conta que está aposentado, que teve nove filhos, todos maravilhosos, todos em bons empregos, que tem oito netos e dois bisnetos, e diz que nada mais interessa para ele, que repassou tudo que acumulou para os filhos, até uma empresa. Que não gosta de andar de carro, só sai de casa de bus. E que sai de casa para comer coisas gostosas nos restaurantes. Olhando para o relógio do pulso ele diz: "- esta vendo a hora? 13:05hs. horário que a minha mulher está indo para a mesa almoçar. Eu sai de fininho do apartamento sem ninguém me ver. Hoje quero comer uma comida chinesa, num restaurante do Shopping da Boa Vista. Eu tenho 87 anos e não aguento a comida da empregada lá de casa, embora ela esteja lá mais de vinte cinco anos. Ela só faz os gostos da minha mulher. Diz que ela não pode comer sal, temperos, açúcar, etc. E os filhos fazem todos os gostos da mãe, até dinheiro dão para ela." Ai eu perguntei : -"E ela trabalhava fora de casa?" Ele respondeu bem categórico: "- NÃO! Eu queria uma mulher para tomar conta da minha casa e não para sair de casa!"

sexta-feira, 24 de maio de 2013

DESTRUIÇÃO DAS ARVORES EM RECIFE PERNAMBUCO!

É uma doença isso que está acontecendo. Um calor absurdo, ruas esburacadas e a danação dos carros e motos assim como bicicletas tanto nas vias quanto nas calçadas. E o pedestre sofre, e cala quando vê os demonios destruindo as nossas árvores. Eu hoje vi uma mulher na minha rua pedindo ao criminoso de árvores para cortar uma que estava na frente do apartamento dela, do lado da minha casa! Um terror.Eu fui reclamar e não deu em nada. Começo achar que quem esta errada sou eu. ALGUMA COISA ESTÁ FORA DE LUGAR!