sábado, 16 de fevereiro de 2013

EXPOSIÇÃO DE BRINQUEDOS DO COLECIONADOR DAVID GLAT, em Salvador-Bahia.



Primeiro de tudo eu quero agradecer ao Colecionador de brinquedos David Glat por ter cedido aos argumentos do curador/escultor/artista Emannuel Araújo que propôs ao Glat mostrar à sua coleção de brinquedos populares, a nós, o publico amante das belas artes e dos Museus. A história é longa, e com certeza daria ótimo artigo, ótima crônica, enfim daria panos a manga para quem gosta da pena de como toda essa beleza de coleção veio a público. Eu aqui na verdade queria apenas levantar uma problemática que é tão debatida nas salas de aulas do nosso curso de Museologia/UFRB. É a coisa do público interagir com o que o museu expõe. A maioria dos colegas defende que o público tem direito sim, a meter às suas mãos nas obras dos artistas, artesões, criadores, etc. que estão disponíveis nos espaços museais e culturais. Aqui eu quero deixar bem claro que eu sou totalmente contra. O artista tem o direito de não querer isso. Ou de querer isso. O artista pode criar sua obra com o sentido de que o público seja co autor, o artista pode  querer a interação ou não.
Mas e quando um colecionador disponibliza a sua coleção em exposição num Museu, ou seja, "a menina dos seus olhos", o seu xodó, a sua paixão. Isso quer dizer que o povo tem o direito de "querer" e meter a mão e destruir os seus objetos que foram adquiridos  através do tempo? E o seu o tempo de coletar, colecionar, documentar, e catalogar esses seus objetos simplesmente não existe? O sentimento pelo qual o colecionador formou a coleção é jogado assim na sarjeta? Simplesmente para dar vazão a barbárie? A essa praga do vandalismo que algumas pessoas costumam alimentar dentro de si?
Tudo isso porque ontem ao visitar a coleção dos brinquedos do David Glat no Museu de Arte da Bahia um dos guias me informou de brinquedos já quebrados, avariados pelo público infantil. A falta de educação faz estragos e já dá prejuízos.

3 comentários:

Pedrita disse...

eu acho q a obra é do artista e é ele q decide se quer interação ou não. inclusive a interação muitas vezes integra a obra. eu não curtiria a interação em vários casos. beijos, pedrita

olhodopombo disse...

Isso é o mais lógico Pedrita. Mas precisa ver em sala de aula com estudantes de museologia aqui como eles defendem que tudo que esta exposto nos museus o publico tem direito de amulegar!

Pedrita disse...

aqui é exatamente o contrário. nada pode ser tocado. então qd pode ninguém quer tocar :) amiga, não escrevi no blog, mas todos morrem naquele filme. todos não. mas os 3 sim. é incrível pq discute o interior do ser humano, o isolamento. cada um é tão diferente do outro. é incrível ver a alma e os conflitos de cada um. acho q vc ia gostar. beijos, pedrita