sábado, 28 de fevereiro de 2015

Era uma vez

Um casal de nazistas que após dez anos fugindo por vários países pequenos da Europa resolveram vir morar no Brasil, iniciando por São Paulo e depois migrando para Salvador capital do Estado da Bahia. Apesar deles nada saberem da cultura e língua brasileira conseguiram alcançar um staus quo por aqui a ponto dele ter conseguido dar aulas na Universidade Federal da Bahia nos anos 1960, segundo alguns biógrafos baianos que estão tentando mudar o perfil dele de cidadão nazista. 
Em Salvador  se enturmaram com as pessoas do mundo das artes e literatura da cidade e da política, tendo sido amigo do ex-governador Antonio Carlos Magalhães. O homem que foi marinheiro e membro do Partido Nacional Socialista ou Partido Nazista em Salvador se tornou artista e fazia xilogravuras de desenhos usando a historia da escravidão africana no Brasil.
Mudou-se para o Recôncavo baiano, para a cidade de São Félix onde montou definitivamente seu atelier de xilogravura. A casa se situa num morro com vista para o Rio Paraguaçu e com uma densa mata por trás da mesma. Tem guarita e eles enquanto viveram ali receberam cidadães alemães que ninguém sabia quem eram! O casal morreu nessa cidade baiana e os túmulos deles estão no pátio dessa casa que virou uma coisa parecida com Museu ou memorial, com estatuas de santos cristãos, Maria e Jesus. Na biblioteca todos os livros são em alemão e iguais aos livros dos autores preferidos do hitler. 
A coisa mais esdrúxula que existe é tentarem transformar essas figuras em seres benévolos e transformarem a casa onde viveram em um Museu! 

2 comentários:

Luis Filipe Gomes disse...

Fátima fez bem em não dizer o nome.
Pesquisei e fiquei sabendo.
Eu também não gosto de repetir nomes que não trazem nada de bom. Mas não é pela razão que o nazista mudou seu nome quando se naturalizou brasileiro, não é para apagar a história, é sim para relevar os nomes dos protagonistas que valem ser lembrados. como Käthe Kollwitz por exemplo-

olhodopombo disse...

O Brasil acolheu em várias pequenas cidades espalhadas em seu território cidadãos nazistas alemães, húngaros e ucranianos; os nativos brasileiros que nada sabem da história do mundo receberam essas pessoas de braços abertos e em muitos casos os idoltaram.
Uma vergonha!