terça-feira, 1 de junho de 2010

Prova

Trabalho de arte parietal encontrado em Trois Frère, na França;para mim isso é fantástico.
Algo criado no período do Paleolítico Superior, mostra como meu ancestral era criativo e tinha senso estético....
Esse aqui esta no Vale do Coa, em Portugal, e me faz lembrar meus bordados com linhas e agulhas;creio na reminiscência socrática
Olhem só que gracinha. Esta arte parietal esta em Magura na Bulgária e eu já estou querendo arrumar as minhas malas para ir la, contemplar tudo isso que me faz lembrar o tempo em que eu e a Sofia brincávamos de riscos e rabiscos....
O animal que meus ancestrais mais gostavam de pintar: os Bisontes.....
E já pensaram em que tipo de instrumento era utilizado para fazer estas incisões nas rochas?


PS ; Uma coisa raríssima é o fato de eu me utilizar de imagens de outros fotógrafos para ilustrar meu blog, portanto quero agradecer a todos aqueles anónimos fotógrafos que ilustram os sites com artes rupestres.....

7 comentários:

Luis Filipe Gomes disse...

Nas rochas do Vale do Côa que são xistos de dureza variável as técnicas de gravação são por
ponta sêca, por martelagem de um punção e mistas. A ponta sêca é a mais intrigante por evidenciar melhor a apurada técnica de desenho e por indiciar uma "mão" artística que em minha opinião mais do que o talento indica uma prática continuada.Com esta técnica de gravação em que se risca o xisto menos duro com uma rocha mais dura poderia ser usado o quartzo (cerca de 120km a sudoeste do Vale do Côa, pelas estradas de hoje, perto de Viseu encontra-se o Monte de Santa Luzia, uma montanha de Quartzo que é explorada desde a antiguidade) não é difícil arrancar uma lasca ponteaguda de quartzo com um percutor em rocha de granito, eu já fiz isso. Guardo algures umas pontas de quartzo.

olhodopombo disse...

Nossa Luis ,
quanta informação maravilhosa.
Obrigada.
Ainda vou contemplar ao Vivo, o Vale do Coa....

Pedrita disse...

olha só, o blogueiro geocrusoe acaba de falar de uma busca arqueológica em portugal. beijos, pedrita

Luis Filipe Gomes disse...

Venha que será bem-vinda. Planeie a visita fora do Verão português que dura Junho, Julho, Agosto. No local vale uma máxima que diz 9 meses de Inverno 3 de Inferno. Talvez eu esteja exagerando mas na verdade no Coa atingem-se nesses meses temperaturas de 42 grau centígrado. Com essas temperaturas, um local chamado Canada do Inferno ganha outra dimensão. Percebemos logo a nossa pequenez face a esses antepassados (mesmo que o seu clima tenha sido mais frio) e face à natureza.

olhodopombo disse...

Oba,
ficarei feliz com tudo isso.....

Zélia Guardiano disse...

Belíssima postagem, Tamar!
Tudo muito interessante!
Depois ainda chega o Luis Felipe com tanta informação...
Show!
Obrigada.
Grande abraço, amiga!

Unknown disse...

Gostei muito destas descobertas.
Reviver os nossos antepassados é sempre enriquecedor.

Muitas das técnicas usadas ainda se mantém vivas.

Os achados são de um valor incalculável.